Palmas, naquela época, já era uma grande referência na área pecuarista, na Província do Paraná quanto no Brasil.
Até em 1887, não existia um registro sobre animais, tais como cavalar, vacum, entre outros. Foi quando o então O Bacharel Joaquim D’ Almeida Faria Sobrinho, Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e Presidente da Província do Paraná, sancionou a seguinte Lei de nº 898 de 11 de abril de 1887, obrigando cada proprietário de animais a registra- lós, em livro e em cada comarca paranaense.
Coube, então a Câmara Municipal, a responsabilidade de registrá-los (Livro 01 de Registro de Marcas e Sinais de Criadores de Animais 1887 - 1932). Aonde é possível observar inúmeros símbolos, métodos de fabricação e registros.
O primeiro a registrar a sua marca, é o proprietário e fazendeiro Cap. Napoleão Marcondes de França, datado em 17/06/1887. É muito provavelmente, que o primeiro registro de marcas de animais do Paraná, seja aqui de Palmas.
Outro fato que chama a atenção no Livro é o registro de marca pertencendo ao escravo Manoel de Paula com a figura de nº 8, sendo o seu dono o Sr. Pedro
Tertuliano Carneiro Marcondes. Sendo muito provavelmente, o único registro de um escravo com a sua marca de animal no Brasil.
O Livro de Registro encontra-se atualmente sob os cuidados do “Centro de Pesquisa e Memória Professor Adilson Miranda Mendes”, espaço criado para preservar e difundir a história local e regional.
Professor e Historiador
Rafhael Vieira Borba.
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