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No Dia pela Eliminação da Violência Contra Mulheres, deputada Secretária Márcia (PSD) alerta sobre desafios para diminuir problema
Assembléia do Paraná
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A deputada Secretária Márcia Huçulak (PSD) alertou para os desafios no combate à violência contra mulheres em discurso na sessão desta terça-feira (25), data estabelecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) como Dia Internacional pela Eliminação da Violência Contra Mulheres – uma campanha global de combate ao problema.
“Quando eu terminar esta minha fala, daqui a poucos minutos, cerca de 400 mulheres terão sido vítimas de algum tipo de violência em todo o Brasil”, disse ela, cujo discurso durou menos de dez minutos. O número de homicídios também é elevado; em média, dez mulheres são assassinadas por dia no país.
“Trata-se de uma prática macabra que se perpetua aos olhos de todos”, afirmou. “Essa violência nada mais é do que a negação do direito das mulheres a exercerem sua autonomia, suas escolhas e seus talentos.”
A deputada, no entanto, destacou os avanços no combate ao problema no Paraná. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os casos de feminicídio no estado caíram 10% este ano e os de estupro, 18%. “É com esperança que vemos esses resultados, mas sabemos que há muito trabalho a ser feito”, afirmou. “A violência é a face de uma sociedade que ainda vê a mulher como um ser submisso.”
840 milhões
Por ocasião da data, a ONU e a Organização Mundial de Saúde (OMS) publicaram um relatório de abrangência global do problema.
De acordo com o levantamento, 840 milhões de mulheres na faixa de 15 a 49 anos ao redor do mundo sofreram violência em algum período de suas vidas. No Brasil, uma em cada quatro, ou 25,6%, foram vítimas de agressão física ou sexual nessa faixa etária, perpetradas por parceiros ou não parceiros.
“Os números são alarmantes, e por trás de cada um deles há histórias de vida e de famílias encerradas, prejudicadas e muitas vezes destruídas”, afirmou a deputada.
Casos reais
A deputada citou casos recentes divulgados pela imprensa no Paraná. Na semana passada, um homem foi preso após agredir a companheira e estrangular o filho de 10 anos que tentou defender a mãe (ambos sobreviveram). “Mas as marcas vão durar muito tempo”, disse. No início desta semana, um homem foi detido por estupro da própria filha, de 17 anos, num crime regularmente cometido desde que ela tinha 11. Em outro caso que ela considerou assustador, o marido e um filho de 32 anos espancaram a mulher dentro da própria casa. Foram presos. “O que leva dois homens a tamanha covardia?”, questiona Márcia.
Injustiça antiga
Márcia reproduziu ainda considerações diretor-geral da Organização Mundial de Saúde, Tedros Adhanom, por ocasião da data: "A violência contra as mulheres é uma das injustiças mais antigas e disseminadas da humanidade, e ainda assim uma das menos combatidas. Nenhuma sociedade pode se considerar justa, segura ou saudável enquanto metade de sua população vive com medo”.
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