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Sabado, 11 de Outubro de 2025

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Estado emite licença e Palmas terá novo complexo eólico de R$ 3,5 bilhões com 72 turbinas

Documento emitido pelo IAT autoriza o início da construção do empreendimento, orçado em R$ 3,5 bilhões. Ele terá 72 turbinas ao longo de 145 hectares, cuja geração de energia será suficiente para abastecer cerca de 300 mil domicílios.

Estado emite licença e Palmas terá novo complexo eólico de R$ 3,5 bilhões com 72 turbinas
Fotos: Felipe Henschel/AEN
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O governador Carlos Massa Ratinho Junior recebeu na terça-feira (07), no Palácio Iguaçu, em Curitiba, representantes da Vento Sul Energia para a entrega da Licença de Instalação (LI) do Complexo Eólico Palmas II, localizado em Palmas. O documento, emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autoriza o início da construção do empreendimento e terá validade até 2031.
Com potência instalada de 504 megawatts (MW), o projeto representa um dos maiores investimentos privados em energia renovável do Paraná, com previsão de R$ 3,5 bilhões aplicados na implantação. Serão 72 turbinas de 7 MW cada, com torres de concreto de 160 metros de altura, fornecidas pela empresa Weg, distribuídas em sete parques eólicos que ocuparão cerca de 145 hectares.
O empreendimento deve gerar aproximadamente 150 mil megawatts-hora (MWh) de energia elétrica por mês, volume suficiente para abastecer 300 mil domicílios, ou cerca de 1,2 milhão de pessoas. A construção vai durar cerca de dois anos, com a criação de até 5 mil empregos diretos e indiretos, priorizando mão de obra local.


Segundo Ratinho Junior, o futuro empreendimento representa um salto de desenvolvimento para Palmas e a região Sudoeste, bem como uma garantia da continuidade do crescimento econômico do Paraná. “Durante muito tempo, o potencial eólico de Palmas foi ignorado. Hoje estamos transformando esse ativo em riqueza e em oportunidades para a população. O Estado cresce cerca de 6% ao ano, e para sustentar esse ritmo precisamos garantir segurança energética aos investidores”, afirmou.

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O governador também destacou a relevância do projeto eólico anunciado em Palmas, classificando-o como um dos maiores empreendimentos do gênero no Brasil e no mundo. “É um projeto ousado, que exigiu muito trabalho e persistência dos empresários e do município. Tenho certeza de que não faltarão investidores, porque bons projetos sempre encontram apoio, ainda mais quando reúnem excelência técnica e responsabilidade ambiental”, disse.
O Prefeito de Palmas, Daniel Langaro destacou a relevância do empreendimento para o município e para todo o Sudoeste paranaense. “A implantação do parque eólico coloca Palmas e o Sudoeste como protagonistas na geração de energia. Esse projeto não apenas fortalece o setor energético, mas também atrai novas indústrias que se beneficiam dessa oferta e fomenta o turismo regional”, afirmou Langaro.
Documentos 
Com a emissão da Licença de Instalação (LI), a Vento Sul Energia passa a ter autorização legal para iniciar as obras físicas do parque eólico, incluindo a implantação das torres, acessos, subestações e demais estruturas necessárias ao funcionamento do empreendimento.
A obtenção da LI também facilita a atração de investidores e parceiros financeiros, já que o empreendimento passa a ter segurança jurídica e ambiental para sair do papel. Após a conclusão das obras, a empresa ainda deverá solicitar ao Instituto Água e Terra (IAT) a Licença de Operação (LO), que autoriza o início efetivo da geração de energia. Até lá, seguem as etapas de execução, monitoramento e cumprimento das condicionantes ambientais estabelecidas pelo órgão licenciador.


Outra frente de trabalho da empresa, a partir de agora, envolve a conexão do futuro complexo com o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que será feita por meio de uma linha de transmissão de 525 kV, ligando a Subestação Coletora de Palmas ao ponto de conexão da Eletrosul, em General Carneiro.
Desenvolvimento sustentável  
Na avaliação do presidente do IAT, Everton Souza, o Paraná vive um momento muito especial para os investidores, porque oferece segurança jurídica e técnica em relação ao processo de licenciamento ambiental. “Aqui respeitamos a ciência e a técnica, e isso permite que projetos de grande porte, como o Complexo Eólico Palmas II, avancem com rapidez e segurança”, afirmou Souza.


Ele destacou ainda o papel do IAT na agilidade dos processos. “Nosso objetivo é dar respostas rápidas, integrando as demandas dos municípios e permitindo que os empreendimentos se desenvolvam de forma segura e eficiente, gerando renda, empregos e qualidade de vida para a população sem riscos ao meio ambiente”, acrescentou.
A segurança jurídica e ambiental destacada pelo IAT se reflete na execução prática do projeto. 
De acordo com Pedro Dias, diretor-executivo do instituto ambiental, responsável pelo licenciamento, estudos técnicos e gestão ambiental do empreendimento da Vento Sul Energia, o complexo passou por um longo processo de maturação tecnológica antes de alcançar a configuração atual.


“O projeto começou com uma concepção de 200 megawatts e 100 torres. Hoje, temos uma estrutura mais eficiente, com menos torres e mais do que o dobro de geração de energia. Isso representa um avanço significativo tanto do ponto de vista técnico quanto ambiental”, afirmou.
O grupo formado pela Vento Sul Energia e parceiros buscou eliminar qualquer impacto desnecessário à vegetação nativa e à fauna local, com estudos detalhados sobre flora e fauna e a promoção de audiências públicas com a comunidade. “Conseguimos eliminar totalmente o corte florestal, e cada torre foi posicionada respeitando os corredores de vento e a rota das aves. Foi um projeto construído junto com a população e com os produtores rurais que participam do arrendamento das áreas”, afirmou Dias.

Fotos: Felipe Henschel/AEN

Bruno Lima

Publicado por:

Bruno Lima

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