Diante disso, a secretaria da Agricultura de Palmas orienta a população para que consuma produtos inspecionados e registrados. A médica veterinária, Daniele Ramos de Lima, também abordou sobre as inspeções, linhas de créditos e o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF).

A médica veterinária, relatou que foi aumentado o leque de atuação, não apenas no Serviço de Inspeção Municipal (SIM), mas, também aos produtores de carne, leite, ovos e derivados, junto com todas as outras agroindústrias do município. ”Fizemos um levantamento considerando os produtores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), das feiras, comércio local e serviço de inspeção, são aproximadamente 85 fornecedores de alimentos. Estamos desenvolvendo essas atividades, planejando as ações para atender esses produtores, desenvolvendo melhorias de renda ao pequeno produtor, para que consiga se manter no campo, mas também com foco muito importante na segurança do alimento”, observou ela e frisou que através dessa ação busca-se melhorias em cada agroindústria, para melhorar a qualidade dos alimentos distribuídos. 

Prazos e parcerias
A médica veterinária, divulgou ainda que o Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR) de Pato Branco, é parceiro, sempre está auxiliando. “Fazemos a visita aos produtores interessados em adequações, levantamos quais as possibilidades, o que pode ser feito, uma cozinha industrial separada da casa, que é necessário. Conforme a atividade que a pessoa for desenvolver, apresentamos uma planta baixa, como trabalhar com a rotulagem desses produtos, verificar a qualidade da água, que é muito importante, atualmente, está sendo bem negligenciada, e acaba contaminando toda a estrutura, e os alimentos. Com o IDR, trabalhamos num Plano de Ação Individual. Cada um desses produtores vai ter a sua forma de trabalho adequada”, justificou.
Linhas de créditos
Vale ressaltar que em agosto ocorreu uma reunião com as cooperativas de crédito, de Palmas, e informaram sobre várias linhas de créditos, incluindo o Pronaf Mulher e o Pronaf Jovem. “São linhas que subsidiam a pequena propriedade rural com uma taxa de juros bem baixa. Todos os bancos têm essa disponibilidade. Cada produtor que trabalha com um banco específico deve procurar o seu gerente, para saber o que é mais adequado”.
Canal de Informação
“Através da secretaria da Agricultura, tem um WhatsApp para atendimento ou pelo Instagram. Ou podem se deslocar na Secretaria da Agricultura, no Parque de Exposições Pé Vermelho”, destacou a médica veterinária. 
SUSAF
Daniela, explicou que o Sistema Unificado Estadual de Sanidade Agroindustrial Familiar, Artesanal e de Pequeno Porte (SUSAF), é um serviço importante disponível no município. ”Já temos dois produtores que podem comercializar seus produtos para outras cidades. É mais uma possibilidade de aumento de renda para esses pequenos produtores”.
Produtos clandestinos
Sobre esse assunto, Daniele, explicou que o produto clandestino, não é inspecionado nem pelo serviço de inspeção, nem pela vigilância. “Infelizmente, temos muitas situações em Palmas. Esses produtos causam problemas de intoxicação, diarreia, algumas falsas viroses. Tem pessoas que tem problema com o consumo de embutidos, o salame. Referente a carne, pode ser um porco que foi abatido no meio do mato, pode estar doente, ou com outras contaminações, que principalmente na carne crua vai levar mais problemas ao humano. Já no leite, o queijo com furinho. Em Palmas, não tem nenhum queijo inspecionado, essa situação pode trazer uma doença muito séria, a Tuberculose e a Brucelose pode vir junto também. Quando o produto é registrado, uma das coisas que pedimos, por exemplo, no leite, é que seja utilizado na produção do queijo, com exames das vacas, negativas para Tuberculose e Brucelose. Em um produto clandestino não se tem esse controle. O leite em garrafa pet, diminuiu bastante, mas ainda tem. Enfim, é uma linha bem complexa de doenças”.
Orientação
Ela também orienta, para que as pessoas, antes de consumir, de comprar algum produto, que acessem o site da Prefeitura, “consta informações sobre o serviço de inspeção regulamentado, sempre tem que ter o selo, o carimbo certinho”.
Mel
“Para esse produto temos apenas um produtor regulamentado (Mel Baldissera), mas, somos sabedores que tem outros produtores irregulares, fazendo confusão. Prezamos por um alimento seguro. Se não tem selo, não passou pela “vigilância, podemos dizer que é um alimento contaminado. O SUSAF, é um selo a mais que temos no Serviço de Inspeção Municipal. Através dele, posso indicar aos produtores locais para comercializar no Estado todo”.